Musculação e Risco de morte. Novas evidências

O objetivo dessa revisão sistemática e meta-análise de 16 estudos envolvendo mais de 250.000 participantes foi quantificar as associações entre atividades de fortalecimento muscular e risco de doenças não transmissíveis e mortalidade em adultos independente de atividades aeróbicas.

A inatividade física é um problema de saúde pública mundial. A maioria já sabe que caminhada e outras atividades aeróbicas possuem muitos benefícios para a saúde, mas várias diretrizes de atividade física nacionais e internacionais recomendam também atividades regulares de fortalecimento muscular para adultos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os adultos realizem atividades de fortalecimento muscular ≥ 2 dias/semana.

O envolvimento regular em atividades de fortalecimento muscular (não apenas a musculação, mas crossfit e funcional com próprio peso do corpo, por exemplo) aumenta ou preserva a força muscular esquelética. Este trabalho teve resultados semelhantes a de vários estudos prévios que demonstraram que atividades de fortalecimento muscular diminuem o risco e mortalidade de doenças não transmissíveis, como doenças cardiovasculares e câncer.

Resultados do estudo atual:

1.As atividades de fortalecimento muscular foram associadas a um risco 10-17% menor de mortalidade por doenças cardiovasculares (DCV), câncer e diabetes.

2.Nenhuma associação foi encontrada entre as atividades de fortalecimento muscular e o risco de alguns cânceres específicos (câncer de cólon, rim, bexiga e pâncreas).

  1. Em 30–60 min/semana de atividades de fortalecimento muscular foram encontradas redução de aproximadamente 10–20% para todas as causas de mortalidade por doenças não transmissíveis.
  2. O risco de diabetes diminuiu acentuadamente com até 60 minutos de atividades de fortalecimento muscular/ semana.

Mas tais exercícios mais intensos devem ser excelentes apenas para adultos jovens, não é mesmo? Que nada! Os adultos mais velhos, por serem uma população propensa a sarcopenia, osteopenia, fragilidade e resistência à insulina, podem ganhar força substancial seguindo um programa de treinamento adequado e podem obter os maiores benefícios para a saúde, como demonstrou o estudo abaixo:

 

Para monitorar adequadamente o treinamento de força de seus pacientes, o médico deve reconhecer os benefícios e riscos de forma individualizada, atentando para contraindicações e modificações necessárias para populações especiais.

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